Olá meu caro(a) leitor(a)! Tudo bem?
Dessarte, não pode haver judeu nem grego; nem escravo nem liberto; nem homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus. Apóstolo Paulo (Gálatas 3.28)
Cresci acreditando que a humanidade era boa e capaz de dar solução por si as maldades e injustiças. Essa fé durou até compreender que enquanto ela não reconhecer sua condição espiritual e render-se à Cristo, o Salvador, não haverá uma solução definitiva.
A discriminação racial é um mal antigo e ativo desde os primeiros movimentos civilizatórios da humanidade. Nos dias atuais o preconceito racial está relacionado com conceitos como homofobia, xenofobia, bullying racista, entre outros debatidos na atualidade. A luta antirracista tem sido travada e repetida em épocas e contextos diferentes, trazendo muitos avanços positivos. O que é o bastante? A igualdade? A ausência total de qualquer tipo de discriminação? A separação das “cores”? Nesse Globo Terra com mais de 7 bilhões de “mundos” antagônicos, problemas não faltaram.
A discriminação racial é uma deformação que atingi a alma e corrompe princípios como amor próprio, respeito, empatia e amor ao próximo. Quem o pratica e promove causa dor e sofrimento alheio.
A prática racista tende a “escravizar” o outro dentro de uma cela existencial até o transformar num(a) prisioneiro(a) real. A discriminação racial fere a alma e faz adoecer a carne. O sofrimento é tão real que pode provocar na vítima, desejo de eliminar o(a) autor(a) ao invés do ato.
PORQUE COMBATER A DISCRIMINAÇÃO RACIAL?
A discriminação racial deve ser combatido pelo fato de que Deus criou os homens iguais. Todos os homens foram feitos pelo Senhor de forma igualitária. (Gn.1.27). O pecado manchou isso, fazendo com que homens se considerem melhores e oprimam os outros; Deus não criou cores e sim raças: humana e animal.
A discriminação racial deve ser combatido porque as Escrituras afirmam que o homem foi criado a imagem e semelhança de Deus o que aponta para o fato inequívoco de que a humanidade carrega características do Senhor em suas vidas. Atributos tais como amor, moralidade, desejo de fazer o que é correto, misericórdia, retidão, bondade e etc.
A discriminação racial deve ser combatido porque Jesus nos ensinou que o maior mandamento é: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas.” (Mateus 22.36-40). O mandamento bíblico me ordena que eu ame a Deus e ao meu próximo, isso inclui a todos indistintamente.
EDUCAÇÃO: A MELHOR OPÇÃO
A educação secular ou cristã, promovida pelos educadores em geral, deve assumir um papel norteador. Deve concentrar todos os esforços para minimizar ou anular através de um Programa Educacional Sistemático geral ou específico que trate a questão da discriminação racial desde cedo, do berçário à faculdade. Esse é um desafio que todos devem dar as mãos. A educação salva e liberta! Princípios ensinados com cuidado permanecem para toda a vida de uma pessoa. As distorções, extremismos e exageros didáticos devem ser eliminados. A educação planejada e dirigida ao cerne da questão irá produzir melhores resultados. Como educador, não poderia pensar diferente. Não é fácil mudar um pensamento já envelhecido e contumaz ou um comportamento violento consciente. É difícil corrigir ou mudar o pensamento de uma pessoa adulta que maltrata naturalmente o outro de forma sistemática.
Permita-me utilizar um exemplo: Numa sala de aula, sentados de um lado encontra-se uma criança de cor "preta” e do outro uma criança de cor "branca”, ouvindo o(a) educador(a) narrar a História da Escravidão no Brasil, sua história e como eram tratados os escravos. Pergunto: Como você acha que a história foi absolvida por ambas as crianças? Primeiro, a criança de cor "branca” entenderá que ela é mais forte e superior e a outra é fraca e inferior; Segundo, a criança de cor "preta” entenderá que ela é vítima e que deve proteger-se da criança de cor “branca”, que ameaça sua existência; Terceiro, ambas às crianças se olham e se abraçam, entendendo que o que houve foi passado e que elas vivem num novo mundo, sem discriminação e separações e que podem brincar juntas no parquinho da escola, sem ódio e desprezo mútuos. A maneira como se ensina fará à diferença.
Não devemos omitir a história da escravidão, mais atualizá-la para que as novas gerações não odeiem ou amem distorcidamente. Mas que entendam o valor da vida e do próximo como iguais. Talvez, alguns sistemas educacionais tenham falhado na transmissão da história como ela ocorreu, criando mais ódio e algemas que empatia e liberdade. O desafio para ensinar de uma forma diferente é enorme, mais há milhões de pessoas habilitadas a contar a história sem aguçar ódio e discriminação e alterar, definitivamente, o impacto nas criança antagônicas, sentadas lado a lado.
Enquanto olharmos a cor preta como inferior e a cor branca como superior e abandonarmos o conceito de raça, o problema do racismo por causa da cor irá permanecer vivo para sempre.
…Não pode haver judeu nem grego; [preto nem branco]; nem escravo nem liberto; nem homem nem mulher; porque todos vós sois um [raça] em Cristo Jesus. Adaptado (Gl.3.28)
Deus te abençoe.
Abraço amigo e fraterno.
Josinaldo M.
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