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Foto do escritorJosinaldo Mariano

MAIS SEXO, MAIS AFETO

DEDICATÓRIA


Dedico este post aos casais amigos e aqueles que assim como nós (eu e minha esposa) servem a Deus e buscam serem mais parecidos com Cristo, que buscam alicerçar suas vidas na Bendita Palavra do Senhor.


INTRODUÇÃO


O relacionamento conjugal cristão é nutrido por ação e reação e pela esperança de que o outro esteja fazendo a vontade de Deus e fortalecendo a relação de ambos.


O marido cristão e a esposa cristã no centro da Vontade de Deus conseguem sintonizar o melhor de Deus para ambos e aí crescem, prosperam e são bênção para a Igreja, para a comunidade cristã e para o mundo.


O tema deste post Mais Sexo, Mais Afeto busca explorar a relação conjugal nessas duas frentes: a sexual e a afetiva. Quando falo em sexo e afeto foco nas necessidades do homem e da mulher, da esposa e do esposo a quem dirijo especialmente esse post.


Na lei da ação e da reação, quanto mais o esposo é afetuoso com sua esposa ela reage proporcionando mais sexo a ele e assim o contrário também. A lei da ação e reação é infalível.

O que me preocupa, é quando isso acontece de modo inverso: o esposo proporciona mais sexo à esposa e ela mais afeto a ele. Calma, não fique chocado(a)! Vejamos:


DEUS DEFINE OS PAPÉIS DO HOMEM E DA MULHER


"Tomou, pois, o Senhor Deus o homem, e o colocou no jardim do Éden para o cultivar e guardar." (Gênesis 2.15)


A Palavra de Deus é cristalina quando define os papéis do esposo e da esposa. No texto bíblico de Gênesis 2.15, Deus define para o homem duas tarefas: cultivar e guardar. Mesmo antes dele ter uma família, Deus já definia seu papel na futura família.


"Disse mais o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea". (Gn.2.18)


Deus viu que não era bom que o homem continuasse só. Ele não foi criado para a solidão. Os animais, bem como as plantas e as aves não são compatíveis. Ele então cria a solução.


"Então o Senhor Deus fez o homem cair em profundo sono e, enquanto este dormia, tirou-lhe uma das costelas, fechando o lugar com carne. Com a costela que havia tirado do homem, o Senhor Deus fez uma mulher e a levou até ele. Disse então o homem: "Esta, sim, é osso dos meus ossos e carne da minha carne! Ela será chamada mulher, porque do homem foi tirada"." (Gn.2.21-23)


A mulher criada tinha um propósito para o homem: "ser auxiliadora, que lhe seja idônea". Na Bíblia, a palavra "idônea" significa a qualidade de boa reputação ou bom conceito que se tem de uma pessoa. A palavra tem origem no latim "idoneus", que significa "próprio para", "apto para", "útil", "conveniente" ou "favorável". Ou seja, Deus deu ao homem uma mulher "própria" para ele, "apta" para ele, "útil", "conveniente, favorável". Não foi dado ao homem uma mulher qualquer. Deus em Sua eterna sabedoria sabia e sabe o que faz. A mulher entregue ao homem não foi alguém despreparada para cumprir uma tarefa, mas sim, uma mulher auxiliadora, apta e própria para estar ao lado do homem.


O homem estava nomeando os animais e as aves do céu e ao ver a criatura, à sua semelhança, ele diz: "Esta é agora osso dos meus ossos, e carne da minha carne; esta será chamada mulher, porquanto do homem foi tomada". Não é Deus quem dá o nome e sim ele chamando-a de "Mulher" (outras versões biblicas chamam de "Varoa").


O que isso significa? Aqui vemos a clara deliberação de Deus para o homem (Adão). Deus lhe deu poder e autoridade para nominar Sua criação (vs. 19,20).


Coube ao homem (Adão), o primeiro ser humano criado por Deus governar sobre o segundo ser humano criado a mulher (Eva). 


Existem dois papéis distintos: O do homem como autoridade e o da mulher como auxiliadora e idônea. E Deus disse então:


"Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne." (Gênesis 2:24)


Deus instrui o homem no que deve fazer agora por diante: "deixar" pai e mãe e "unir-se" a mulher para que ambos se tornem um só. A união conforme Deus é mais do que permanecer sob o mesmo teto ou estar no Jardim do Éden (sig. prazer), ela recompõe o homem.


A “doutrina" da união nascida no Éden é válida até hoje! Cada união entre um homem e uma mulher cumpre o designio do Deus Criador.


Jesus, perguntado sobre essa união, confirmou a ordenação do Pai:


Ele respondeu: "Vocês não leram que, no princípio, o Criador 'os fez homem e mulher' e disse: 'Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e os dois se tornarão uma só carne'? Assim, eles já não são dois, mas sim uma só carne. Portanto, o que Deus uniu, ninguém separe". (Mateus 19.4-6)


E acrescentou: "Portanto, o que Deus uniu, ninguém separe".


No capítulo 1 de Gênesis verso 28, o Senhor define o papel dos cônjuges (Adão e Eva):

"E Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela terra."


O casamento tem um propósito dado por Deus, entre outros, "fecundar e multiplicar" ou seja encher a terra de seres humanos. É certo que, naquele contexto a terra precisava ser habitada. Hoje somos mais de 8 bilhões de pessoas e ao meu ver a terra já está muito cheia. Por isso está afirmação sofre muitas divergências de interpretação e aplicação de uma parte e de outra. Mas não vou me ater a elas agora.


O casamento é uma ordenança Divina para que o homem e a mulher possam usufruir do mais íntimo de si, doando-se mutuamente.


O GOVERNO DO ESPOSO SOBRE A ESPOSA


“E à mulher disse: Multiplicarei sobremodo os sofrimentos da tua gravidez; em meio de dores darás à luz filhos; o teu desejo será para o teu marido, e ele te governará.” (Gênesis 3.16)


Depois da queda no Éden, algumas consequências vieram em juízos liberados por Deus. Entre eles, o Senhor afirma que agora a mulher teria seu sofrimento aumentado na gravidez ao dar à luz seus filhos. Também disse: “seu desejo será para teu marido, e ele te governará”.


De que tipo de desejo você acha que Deus está falando aqui? De acordo com a Concordância de Strong, a palavra hebraica traduzida neste versículo como “desejo”, é “t ̂eshuwqah”, que significa: “desejo, anseio, avidez (de homem por mulher; de mulher por homem; de animal selvagem para devorar)”. Não estamos falando de nenhum outro tipo de desejo, senão do sexual. Será que isso explica o fato de a mulher ser menos propensa ao sexo?


Seria Deus terrível no castigo a mulher e brando no castigo ao homem?


O Apóstolo Paulo instruindo à Igreja de Éfeso disse:


“Assim também os maridos devem amar a sua mulher como ao próprio corpo. Quem ama a esposa a si mesmo se ama. Porque ninguém jamais odiou a própria carne; antes, a alimenta e dela cuida, como também Cristo o faz com a igreja; porque somos membros do seu corpo”. (Efésios 5.28-30)


Ao falar de alimentar e cuidar da esposa, o apóstolo Paulo não está falando que o marido tenha que cozinhar ou dar a comida na boca de sua esposa. Fala do seu papel de trazer ao lar a provisão como uma expressão de seu cuidado por ela. Ao comparar o cuidado que o marido deve ter com a esposa, Paulo assemelha esse cuidado ao que Cristo teve pela Igreja morrendo por ela. 


Paulo excedeu a função do marido ao da esposa. Aqui vemos mais claramente que o papel do marido não é tão prazeroso como o ato sexual. A punição dada a Adão (o descuidado) que deveria proteger sua mulher de Satanás no Jardim, é morrer por ela e não apenas usufruir dela.


Quando Adão falhou no cuidado à Eva, recebeu o juízo de Deus sobre ele. Agora ele precisa dela para ter seus desejos sexuais supridos. Se antes da queda Adão não tinha essa penitência, Deus lhe deu um apetite só saciado por aquela que ele deveria cuidar e proteger por toda sua vida. O sucesso do governo de Adão sobre Eva dependerá tão somente dele.


A "DOUTRINA" PAULINA SOBRE A RELAÇÃO CONJUGAL


O Apóstolo Paulo trata dessa questão quando instrui os cristãos de Corinto:


“O marido conceda à esposa o que lhe é devido, e também, semelhantemente, a esposa, ao seu marido. A mulher não tem poder sobre o seu próprio corpo, e sim o marido; e também, semelhantemente, o marido não tem poder sobre o seu próprio corpo, e sim a mulher”. (I Coríntios 7.3,4)


Paulo dirige-se ao marido e à esposa dizendo que ambos devem conceder o que lhes é devido. Ambos não têm poder sobre seus próprios corpos. Paulo na sabedoria do Alto resolve, responde e põe fim às indagações sobre quem tem razão, o marido ou a esposa.


Paulo não contraria o que Deus disse em Gênesis 3.16, em relação à mulher, ele parece, ao meu ver, orientar o casal quanto ao momento do ato sexual, não deve prevalecer o direito soberano de um sobre o outro. O esposo ou a esposa não têm poder sobre seu próprio corpo.


O texto áureo de Paulo responde tanto ao marido como à esposa quais são suas funções em relação a satisfação sexual e afetiva. Um é modormo do corpo do outro!


Paulo põe fim às brigas dos casais no ringue do amor, na luta de quem tem direitos e quem tem deveres. Um casal que não compreende que ambos devem tomar iniciativas em prol do outro transformará o ringue do amor num ringue de lutas intermináveis e doloridas.


Uma verdade a ser destacada é que o prazer da esposa no ato sexual depende da decisão, sensibilidade e dedicação do marido e o prazer do marido depende do sexo que a sua esposa lhe oferece.


A MASCULINIZAÇÃO E A FEMINILIZAÇÃO 


A esposa feminiliza o marido e ele a masculiniza quando esses papéis são drasticamente invertidos. Não estou dizendo que a esposa passa a ser homem e o esposo a ser esposa, mas falo de iniciativa e ação. A esposa carece de mais afeto e menos sexo, o esposo de mais sexo e menos afeto.


O que vemos é uma deterioração dessa naturalidade. O homem e a mulher são essencialmente opostos. Ambos funcionam genética e psicologicamente diferentes. A mulher é sensibilidade pura e um turbilhão de desejos conectados. O homem é mais insensível e turbilhão de desejos desconectados. Ela quer sentir o afeto ele que sentir o sexo. O afeto para a mulher é recebido no toque, no elogio, no olhar, na palavra doce, no respeito e na admiração. O sexo para o homem é recebido no toque, no cheiro, na entrega da amada, no leito sem mácula. Quando a esposa cede ao esposo mais afeto e menos sexo ocorre a feminização, e quando o homem oferece mais sexo a mulher ele a masculiniza.


A masculinização e a feminilização só enfraquece a mulher e o homem. A esposa não precisa de um esposo "afeminado" nem o esposo precisa de uma esposa "masculinizada". Um esposo que se propõe a oferecer mais sexo que afeto está agindo e não reagindo, assim também se aplica à esposa. Um deve reagir ao outro.


Tentar feminilizar o esposo e masculinizar a esposa é roubar de ambos as suas essências.


MAIS SEXO, MAIS AFETO


Em se tratando de relacionamento conjugal mais sempre é pouco. Vou repetir: "Mais sempre é pouco"! Não são demasiadas às quantidades de afeto e sexo que o esposo e a esposa se dão.


Quando a esposa recebe afeto ela reage devolvendo esse afeto em forma de sexo ao seu amado pois ambos compreendem que são esses seus papéis. O contrário ocorre com o marido também. Quanto mais ele recebe sexo devolve afeto. A relação de ambos cresce e prospera.


A pouca quantidade ou a ausência de sexo e afeto só destroem a relação ou senão a torna triste e sem vida. Repito: Os cônjuges precisam agir e reagir. Dar e receber.


Este desafio é mútuo. Manter um casamento feliz e frutífero depende inteiramente da entrega de um e da entrega do outro no que ambos precisam.


É comum ouvirmos queixas de um lado e do outro quando se trata de satisfação mútua e não são raros os cônjuges que reclamam que não estão recebendo do outro o que deveria e aí começa a "guerra dos sexos", um joga na cara do outro o descumprimento do seu dever e vice versa e o fim dessa guerra é sempre o pior para ambos.


Qualquer casal comprometido com Deus e seus ensinamentos estarão atentos ao que Ele instrui que ambos façam e consigam suprir a necessidade de ambos na medida e quantidades certas.


Antes que você pense que estou sendo muito radical, afirmo que não há nada absurdamente errado em o esposo prover mais sexo à esposa, nem a esposa mais afeto ao marido quando algumas circunstâncias exijam. Não é regra áurea! Mas não vou me ater a essas circunstâncias para não fugir ao foco.


CONCLUSÃO


O que você espera do seu cônjuge?

O que você está oferecendo ao seu cônjuge?

O quanto vocês estão investindo no relacionamento de vocês?


As armadilhas lançadas por Satanás contra as esposas cristãs não são diferentes das que ele lançou para fisgar Eva no Jardim. O descuido de Adão custou-lhe muito caro! Adão devia cuidar e guardar aquela a quem chamou de auxiliadora e própria para si. Ele distanciou-se baixando à guarda para que satanás interagisse e conquista-se à atenção de sua mulher.


Dirijo algumas perguntas ao homem/esposo: Você sabe o que sua esposa faz diariamente? Você está acompanhando seu desenvolvimento espiritual, físico, intelectual, social e emocional? Ou você está apenas se beneficiando do sexo que ela lhe oferece? Você tem sido o sacerdote do seu lar?


Deus não planejou uma rebelião entre o homem e a mulher, mais uma união. A mulher/esposa precisa resgatar essa unidade. O advento do feminismo e seu crescimento têm influenciado mundo afora e chegado na Igreja com conceitos contrários à Criação, criando uma celeuma (controvérsia) entre homens e mulheres sobre seus papéis. O feminismo bagunça a Verdade de Deus, não diferente do que fez satanás no Jardim. Por outro lado, o homem cristão com sua desenfreada angústia por sexo, muitas vezes seguindo um padrão mudano, têm sido negligente com sua esposa, tratando-a de modo indevido e desreipeitoso.


A mulher/esposa foi usada por Deus para dar à luz ao Salvador do mundo e conter o caos da culpa adâmica.


Tanto a esposa quanto o esposo precisam nutrir o relacionamento conjugal com verdade e sinceridade. Todo casal deve saber lidar com as tentações externas que precisam de uma resposta firme. Lidar com a pornografia, vícios sexuais etc., são tarefas difíceis, e em certo sentido o homem é mais facilmente levado a ingressar nesse mundo obscuro para preencher o que, segundo ele, está "faltando" em casa. Uma desculpa, se posso assim dizer, são aquelas dadas pelos maridos que se envolvem com a prática da masturbação e da pornografia, para "proteger" seu cônjuge de uma traição, porque para eles a ausência de sexo é insuportável. Esse é um problema que os casais precisam conversar, precisam entender e agir firmemente para porem fim a isso. Não é normal que casais casados passem muito tempo sem relação sexual e envolvimento íntimo, salvo por circunstâncias específicas (menopausa, andropausa, enfermidades...)


Invoca as palavra do Apostólo Paulo aos Coríntios:


"Não se recusem um ao outro, exceto por mútuo consentimento e durante certo tempo, para se dedicarem à oração. Depois, unam-se de novo, para que Satanás não os tente por não terem domínio próprio". (1 Coríntios 7.5)


A esposa precisa ser sensível às necessidade do seu marido e o esposo às necessidades de sua esposa. O equilíbrio é o segredo que deve ser alcançado e mantido.


Não existe uma fórmula pronta para solucionar todos os problemas e crises que os casais vivem, mas existem por parte dos homens e mulheres de Deus o temor e tremor a Deus. A submissão a Deus e Sua vontade cabe aos dois. Deus criou o sexo para proporcionar prazer e não deve ser usado como punição.


Meu sincero desejo é que casais casados, esposo e esposa possam aprender a arte de se doarem mais um ao outro intimamente, fisicamente e emocionalmente, que consigam cumprir seus papéis e glorifiquem a Deus juntos.


Um grande abraço!


Josinaldo M.





P.S. Se esse post lhe ajudou, compartilhe com outros casais ou com quem você gostaria de ajudar.


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1 Comment

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Guest
Sep 18
Rated 5 out of 5 stars.

Texto excelente! Parabéns pela clareza, narrativa, argumentação e exposição respeitosa do tema. Vou compartilhar.

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